terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

                                        1º Congresso de Mulheres em Excelençia da
                                        Igreja Presbiteriana Renovada de Tacuru - MS
                                         Trabalho com as Irmãs  "Mulheres em Excelençia
                                      Igreja IPR de Tacuru em Janeiro de 2011
   
Congregação IPR da Botelha

domingo, 26 de fevereiro de 2012

                                          Pastor: Ademilson   Ministrando a Palavra
                                              IPR de Tacuru-Ms trabalho dia das Crianças
                                                                     Premasul

                                         IPR de Tacuru  Janeiro de 2012 ( Reformada )

                                        Pastor Juliano Matos e Welly 2ª IPR de Joenville SC
                                                                  ( Grandes Amigos )
                                          Construção dos Banheiros da IPR de Tacuru MS


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

                                                            Pr Valdir Davalos e Milena
                                                             Pr.  Laudemir e Pr Ademilson

                                                             Irmãs: Meire-Milena- Sueli
                                                             Pr Ademilson e Prª Sueli

O Poder da Palavra


O Poder da Palavra

por
Brian Chapell



Em face das dúvidas relativas à eficiência pessoal numa época que questiona a validade da pregação precisamos de uma lembrança do desígnio de Deus para a transformação espiritual do ser humano. No final das contas, a pregação cumpre seus objetivos espirituais não por causa das habilidades do pregador, mas por causa do poder da Escritura proclamada. Os pregadores exercerão seu ministério com grande zelo, confiança e liberdade quando compreenderem que Deus retirou de suas costas as artimanhas da manipulação espiritual. Deus não está confiando em nossa destreza para a realização dos seus propósitos. Por certo, Deus pode usar a eloqüência e deseja esforços adequados à importância do assunto em questão, porém sua própria Palavra cumpre o programa de salvação e santificação. Os esforços pessoais dos maiores pregadores são ainda demasiado fracos e manchados pelo pecado para serem responsáveis pelo destino eterno das pessoas. Por essa razão Deus infunde sua Palavra com poder espiritual. A eficácia da mensagem, mais que qualquer virtude do mensageiro, transforma corações.

O PODER DE DEUS INERENTE À PALAVRA
Não podemos saber precisamente como a verdade de Deus transforma vidas, mas devemos discernir a dinâmica que nos dá esperança em nossa própria pregação. A Bíblia torna isto claro – que a Palavra não é somente poderosa, ela é inigualável. A palavra de Deus

Cria: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gn 1.3). “Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou e tudo passou a existir” (Sl 33.9).

Controla: “Ele envia as suas ordens à terra, e sua palavra corre velozmente; dá a neve como lã e espalha a geada como cinza. Ele arroja o seu gelo em migalhas...Manda sua palavra e o derrete (Sl 147.15-18).
Persuade: “... mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade... diz o Senhor. Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.28, 29).
Cumpre seus propósitos: “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que reguem a terra... assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.10, 11).
Anula os motivos humanos: Na prisão, o apóstolo Paulo se regozijava, porque quando outros pregavam a Palavra, “quer por pretexto, quer por verdade”, a obra de Deus seguia adiante (Fp 1.18).
A descrição da Escritura acerca da sua potência desafia-nos a lembrar sempre que a Palavra pregada, antes mesmo da pregação, cumpre os propósitos do céu. Pregação que é fiel à Escritura converte, convence e amolda o espírito de homens e mulheres, pois ela apresenta o instrumento da compulsão divina, e não que pregadores tenham em si mesmos qualquer poder transformador.

O PODER DA PALAVRA MANIFESTADO EM CRISTO

Deus manifesta plenamente o poder dinâmico da Palavra do Novo Testamento ao identificar seu Filho como o divino Logos, ou Palavra (Jo 1.1). Por meio da identificação do seu Filho como sua Palavra, Deus revela que a mensagem do Filho e a pessoa do Filho são inseparáveis. A palavra o incorpora. Isso não quer dizer que as letras e o papel da Bíblia são divinos, mas que as verdades que a Escritura sustenta são veículos de Deus, de sua própria atividade espiritual.
A Palavra de Deus é poderosa porque ele está presente nela e opera por meio dela. Por meio de Jesus “todas as coisas foram feitas” (Jo 1.3) e ele continua “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). A Palavra emprega sua palavra para levar a cabo todos os seus desígnios. O poder redentor de Cristo e o poder da sua Palavra unem-se ao Novo Testamento com Logos (a encarnação de Deus) e logos (a mensagem acerca de Deus), tornando-se termos tão reflexivos como que para formar uma identidade conceptual. Da mesma forma como a obra da criação procede da Palavra que Deus articula, assim também a obra da nova criação (i.é, redenção) nos vem pela Palavra viva de Deus. Tiago afirma: “ele [i.é, o Pai] nos gerou pela palavra da verdade ...” (Tg 1.18). A expressão palavra da verdade se aplica como um trocadilho que reflete a mensagem sobre a salvação e o único que opera o novo nascimento. O mesmo jogo de palavras é empregado por Pedro: “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus” (1Pe 1.23). Nessas passagens, a mensagem acerca de Jesus e o próprio Cristo se harmonizam. Ambos são a “viva e eterna Palavra de Deus”, pela qual nascemos de novo.
Assim, não é algo meramente prosaico insistir que o pregador deve servir ao texto, pois se a Palavra é a presença mediadora de Cristo, o serviço é devido. Paulo instrui corretamente o jovem pastor Timóteo a ser um obreiro “que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15), pois a Palavra de Deus é “viva e eficaz” (Hb 4.12a). A verdade da Escritura não é objeto passivo para nossa investigação e apresentação. A Palavra nos examina. “[Ela] é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12c). Cristo permanece ativo em sua Palavra, levando a efeito tarefas divinas que o apresentador da Palavra não tem o direito ou a capacidade pessoal de assumir. 
Essas perspectivas sobre a Palavra de Deus culminam no ministério do apóstolo Paulo. O estudioso missionário que não se tornou conhecido pela habilidade no púlpito, no entanto, escreveu: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Como os estudantes do grego elementar logo aprendem, a palavra “poder” nesse versículo é dunamis, da qual nos vem o termo dinamite em português. A força do evangelho transcende o poder do pregador. Paulo, em suas habilidosas comunicações, prega sem envergonhar-se, pois a Palavra que ele anuncia quebra a dureza do coração humano de tal forma que nenhum progresso técnico pode competir com ela. 
De certo modo, o processo como um todo parece ridículo. Pensar que o destino eterno sofrerá mudança só por que anunciamos conceitos de um texto antigo, desafia o bom senso. Quando Paulo elogia a loucura da pregação – não pregação louca – ele reconhece a aparente insensatez de tentar transformar atitudes, estilos de vida, perspectivas filosóficas e compromissos de fé, com meras palavras (veja 1Co 1.21). No entanto, a pregação persiste e o evangelho se expande porque Deus confere aos débeis esforços humanos a força de sua própria Palavra.
A cada ano repito aos novos estudantes do seminário sobre uma ocasião em que a realidade do poder da Palavra atingiu-me com força excepcional. A obra do Senhor dominou-me quando entrei na classe de novos membros da igreja. Sentadas juntas na primeira fila estavam três jovens mulheres – todas primas. Embora estas tivessem se comprometido a ir, o fato de estarem ali me surpreendeu. 
No ano anterior, cada uma delas, com sérios problemas, havia buscado a nossa igreja à procura de socorro. Tomei conhecimento da situação da primeira depois que, frustrada, deixou o marido por causa do alcoolismo dele. Era ele um membro ocasional da igreja e não escondia seu desinteresse por “religião”, mas com o abandono da esposa ele buscou nossa ajuda. Afirmou que faria qualquer coisa para tê-la de volta. Vieram juntos para o aconselhamento. Ele tratou da embriaguês. Reconciliaram-se, e agora ela desejava fazer parte da nossa família da fé.
A segunda prima tinha também abandonado o casamento antes que viesse pedir auxílio por sugestão da primeira. Tinha sido vítima de abusos do marido, e procurou consolo na companhia de outro homem. Embora não tivéssemos alcançado nenhum desses dois homens, nosso ministério voltado para essa mulher aqueceu o seu coração diante de Deus. Mesmo depois de o marido ter-se juntado com outra mulher, ela deixou seu amante, submetendo sua vida à vontade de Deus.
A última das primas era também casada, mas trabalhava como vendedora viajante e vivia com vários homens, como se cada um deles fosse seu marido. Um acidente que feriu seu sobrinho levou nossa igreja para dentro de sua vida. Tendo testemunhado o cuidado dos crentes pela criança e por ela (a despeito de sua hostilidade inicial para conosco), descobriu um amor que seus envolvimentos sexuais
não poderiam fornecer. Agora ela também vinha para ser parte da família de Deus.
A presença dessas três primas na condição de membros de uma classe da Igreja era um milagre. Quão tolo seria pensar que meras palavras que eu tinha dito – algumas consoantes e vogais saídas da boca por uma pequena explosão de ar – poderiam ser responsáveis pela decisão que elas haviam tomado. Nenhuma soma de persuasão humana poderia transformá-las do egoísmo da busca do prazer ou o estilo de vida autodestrutivo, para um comprometimento eterno com Deus. Corações antes hostis à sua Palavra, agora sentiam necessidade de comunhão com ele.
Deus havia arrancado três almas de um redemoinho infernal de confusão familiar, traição conjugal e pecado pessoal. No entanto, por mais improváveis que esses acontecimentos pareçam ser, eles são prontamente explicados. O Senhor empregou sua verdade para mudar o coração delas. Nos termos da Escritura: “deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro, e aguardardes dos céus o Seu Filho”, não devido a alguma habilidade do pregador, mas por causa do poder da Palavra (1Ts 1.9,10). 
Quando os pregadores percebem o poder que a Palavra possui, a confiança em seu chamado cresce, da mesma forma como o orgulho em seu desempenho murcha. Não precisamos temer nossa ineficácia quando falamos das verdades que Deus revestiu de poder para a realização dos seus propósitos. Ao mesmo tempo, trabalhar como se nossos talentos fossem os responsáveis pela transformação espiritual, torna-nos semelhantes a um mensageiro que reivindica mérito por ter posto fim à guerra por haver ele entregue a declaração escrita de paz. O mensageiro tem uma nobre tarefa a realizar, mas porá em risco sua missão e depreciará o verdadeiro vitorioso se atribuir a si façanhas pessoais. Mérito, honra e glória com relação aos efeitos da pregação pertencem apenas a Cristo, pois somente a Palavra produz renovação espiritual.

O PODER DA PALAVRA APLICADO À PREGAÇÃO

A Pregação Expositiva Apresenta o Poder da Palavra

O fato de que o poder para a transformação espiritual baseia-se na Palavra de Deus, argumenta em defesa da pregação expositiva. A pregação expositiva tenta apresentar e aplicar as verdades de uma passagem bíblica específica. Outros tipos de pregação que proclamam a verdade bíblica são por certo válidos e valiosos, mas para o pregador principiante e como um sistema de pregação congregacional regular, nenhum outro tipo é mais importante. 
A exposição bíblica liga o pregador e as pessoas à única fonte de transformação espiritual verdadeira. Considerando que os corações são transformados quando as pessoas deparam com a Palavra de Deus, os pregadores expositivos ficam comprometidos a dizer o que Deus diz. Não estamos interessados em propagar nossas opiniões, filosofias alheias ou reflexões especulativas. O interesse do pregador expositivo deve ser a verdade de Deus proclamada de tal maneira que as pessoas possam ver que os conceitos emanam da Escritura e aplicam-se à vida pessoal de cada um. Tal pregação põe as pessoas em contato imediato com o poder da Palavra.

A Pregação Expositiva Apresenta a Autoridade da Palavra

A pregação, em sua essência, fala do eterno problema humano com relação à autoridade e ao sentido. Embora vivamos em época hostil à autoridade, a luta diária por sentido, segurança e aceitação, leva cada pessoa a perguntar: “Quem tem o direito de me dizer o que fazer?” Essa pergunta tipicamente colocada como um desafio é, de fato, um apelo por socorro. Sem uma autoridade suprema em defesa da verdade, toda luta humana não tem valor fundamental, e a própria vida torna-se fútil. Tendências modernas de pregação que negam a autoridade da Palavra em nome da sofisticação intelectual, conduzem a um subjetivismo desesperador em que as pessoas fazem o que é direito a seus próprios olhos – situação cuja futilidade a Escritura já anunciou claramente (Jz 21.21).
A resposta ao relativismo radical de nossa cultura com as incertezas que o acompanham é a reivindicação bíblica de autoridade. Paulo elogia os crentes tessalonicenses porque eles aceitaram sua mensagem “...não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a Palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1Ts 2.13). A afirmação da Escritura e a premissa da pregação expositiva é que Deus falou. Nossa tarefa é transmitir o que ele já confiou à Escritura. Tais esforços não se constituem em cega adesão a dogmas fundamentalistas, mas um compromisso ao que tanto a fé como a razão confirmam ser a única base de esperança humana.
Sem a autoridade da Palavra, a pregação torna-se uma infindável busca de assuntos, terapias e técnicas que granjearão aplausos, provocam aceitação, desenvolvam uma causa ou aliviem preocupações. A razão humana, as agendas sociais, o consenso popular e as convicções morais pessoais, transformam-se em recursos da pregação que carecem da “convicção histórica de que o que a Escritura diz, Deus diz”.7 As opiniões e emoções que formulam o conteúdo da pregação destituída da autoridade bíblica são as mesmas forças que podem negar a validade desses em cultura diferente, em geração subseqüente ou num coração rebelde.
Quando pregadores tratam a Bíblia como a própria Palavra de Deus, as questões acerca das coisas que temos o direito de dizer desaparecem. Deus pode dizer ao seu povo o que eles devem fazer e no que devem crer, e ele o faz. A Escritura constrange os pregadores a se certificarem de que as outras pessoas entendam o que Deus diz. Não temos autoridade bíblica para dizer nada além disso. É certo que as nossas expressões são culturalmente condicionadas, mas a transcendência da sua verdade e os privilégios que a nossa natureza desfruta por trazer a imagem divina tornam-nos possível receber e transmitir sua Palavra. 
Apenas pregadores comprometidos em proclamar o que Deus diz têm o imprimatur da Bíblia sobre sua pregação. Desse modo, a pregação expositiva se empenha em descobrir e propagar o significado preciso da Palavra. A Escritura exerce domínio sobre o que os expositores pregam, pois eles esclarecem o que ela diz. O significado da passagem é a mensagem do sermão. O texto governa o pregador. Pregadores expositivos não esperam que outros reverenciem suas opiniões. Tais ministros aderem às verdades da Escritura e esperam que seus ouvintes tenham o mesmo cuidado.

A Pregação Expositiva Apresenta a Operação do Espírito

As expectativas dos pregadores expositivos estão, elas mesmas, baseadas nas verdades da Bíblia. Se nenhuma soma de eloqüência e oratória pode ser levada em conta com respeito à transformação espiritual, quem, unicamente, pode mudar corações? Os Reformadores responderam: “O Espírito Santo que, pela Palavra e com a Palavra, testifica em nossos corações.” A Palavra de Deus é a espada do Espírito (Ef 6.17; cf. At 10.44; Ef 1.13). O meio extraordinário, porém normal, por cujo intermédio Deus transforma vidas, é a participação conjunta de sua Palavra com o poder regenerativo e persuasivo do seu Espírito.

Quando anunciamos a Palavra, trazemos com ela a obra do Espírito Santo para produzir frutos na vida de outras pessoas. Nenhuma verdade confere maior incentivo à nossa pregação e nos dá mais motivos para esperar resultados dos nossos esforços. A obra do Espírito está inseparavelmente unida à pregação, como o calor está para a luz que a lâmpada emite. Ao apresentarmos a luz da Palavra de Deus, seu Espírito cumpre os propósitos divinos de aquecer, moldar e conformar corações à sua vontade.

O Espírito Santo usa nossas palavras, mas é o trabalho dele e não o nosso que produz efeito no íntimo oculto da vontade humana. Paulo escreveu: “Deus... resplandeceu em nosso coração para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.6, 7). A glória da pregação é que Deus realiza sua vontade por intermédio dela, mas somos sempre humilhados e ocasionalmente confortados com o conhecimento de que ele age além das nossas limitações humanas.

Essas verdades desafiam todos os pregadores a conduzirem sua tarefa com um profundo senso de dependência do Espírito de Deus. Ministério eficaz requer devotada oração pessoal. Não devemos esperar que nossas palavras façam com que outras pessoas conheçam o poder do Espírito, se não desfrutamos ainda do encontro com ele. Pregadores fiéis rogam a Deus que opere e ao mesmo tempo proclamam sua Palavra. O sucesso no púlpito pode ser a força que leva um pregador para longe de uma vida piedosa de dependência do Espírito. Elogios congregacionais em razão da excelência no púlpito podem levar à tentação de depositar demasiada confiança em talentos pessoais, habilidades adquiridas ou num método pessoal de pregação. Sucumbir a tais tentações torna-se evidente, não tanto por uma mudança de opinião religiosa, como por uma mudança na prática. A negligência em orar é indicativa de sérias deficiências no ministério, mesmo que outros sinais de sucesso não tenham diminuído. Devemos sempre lembrar que aplauso popular não é necessariamente o mesmo que eficiência espiritual.

As dimensões espirituais da pregação expositiva desautorizam muito do que você pode ser tentado a crer a respeito deste livro, isto é, se você aprende a falar muito bem, pode ser um grande pregador. Não é verdade! Por favor, não deixe que ênfases necessárias deste livro, comentários de outros, ou desejos do seu próprio coração o desencaminhem. Grandes dons não o tornam grande pregador. A excelência técnica da mensagem pode repousar nas suas habilidades, mas a eficácia espiritual da sua mensagem reside em Deus.


Fonte: Extraído do excelente livro Pregação

Este site da web é uma realização de
Felipe Sabino de Araújo Neto®

95 Teses para a Igreja de Hoje


95 Teses para a Igreja de Hoje
por
José Barbosa Junior (organizador)


No dia 31 de Outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero afixou, na Abadia de Wittemberg, 95 teses em que desafiava a Igreja Católica a debater sobre a venda de indulgências. O fato desencadeou o que mais tarde seria conhecido como a Reforma Protestante, movimento que marcou a história da humanidade.

488 anos depois, ao vermos a igreja “protestante” navegar por mares incertos e perigosos, decidimos lançar em comemoração a esta data tão importante em nossa história, um manifesto pela volta à simplicidade do Evangelho, segundo as Escrituras.

O lema Eclesia reformata, semper reformanda, deve estar sempre ecoando em nossos ouvidos, chamando-nos à responsabilidade de sempre caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes inescrupulosos, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus! Fica lançado aqui o nosso desafio. Não temos a pretensão de iniciarmos uma “nova reforma”, mas simplesmente levar o povo de Deus a uma reflexão sincera e bíblica daquilo que temos vivido como Igreja de Cristo em nosso tempo.

O texto abaixo surge muito mais como desabafo e lamento do que como proposta de revolução.

“Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam” (Salmo 115.1)

 
95 Teses para a Igreja de Hoje

1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)

2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)

3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)

4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)

5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)

6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)

7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”. (1 Jo 5.19; Sl 24.1)

8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como golpe final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)

9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)

10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)

11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)

12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)

13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe 2.11)

14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. “Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)

15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)

16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)

17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. (Rm 8.19-23)

18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)

19 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para “merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)

20 – Que nossos cultos sejam mais revestidos de elementos de nossa cultura. Que a brasilidade latente em nossas veias também sirva como elemento de adoração e liturgia ao nosso Deus. (1 Co 7.20)

21 – Que entendamos que vivemos num “país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”. Portanto, que não seja mais “obrigatório” aos pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)

22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro de cultuá-LO. (Salmo 100)

23 – Que as igrejas entendam que Deus pode ser adorado em qualquer ritmo, e que a igreja brasileira seja despertada para a riqueza dos vários sons e ritmos brasileiros e entenda que Deus pode ser louvado através de um baião, xote, milonga, frevo, samba, etc... (Sl 150)

24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32)

25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. (Gl 6.1)

26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado por “falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)

27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do “exército inimigo”. Que essa consciência nos leve à prática da fé e do amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a terra. (Mt 16.18)

28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)

29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para, mentindo, “disputarmos” quais são as maiores igrejas; o Reino é bem maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)

30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)

31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb 12.1-2)

32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)

33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)

34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)

35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus, colocando-se em comunhão espiritual com não cristãos declarando-se irmãos, aceitando outros deuses como verdadeiros. (Lv 5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)

36 – Rejeitamos a idéia do messianismo político, que afirma que o Brasil só será transformado quando um “justo” (que na linguagem das igrejas significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal. (Jo 18.36)

37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal. Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho. (Gl 1.10)

38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos em épocas de campanha política a fim de zelarem pela coerência e liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)

39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua liderança. (Gl 2.11)

40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com qualquer partido político ou organização que se passe por nossos representantes. (Mt 22.21)

41 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não deve ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo presidente é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)

42 – Repugnamos veementemente os chamados “showmícios” com artistas evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a participação desses músicos entoando hinos de “louvor a Deus” para angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)

43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)

44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)

45 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)

46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico “não toqueis no meu ungido” para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)

47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação” por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)

48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios” para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)

49 – Que nenhum movimento, modelo, ou “pacote” eclesiástico seja aceito como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido com a “solução” para o crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co 3.6)

50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)

51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem” evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)

52 – Reafirmamos que o véu que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)

53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)

54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)

55 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que sejamos sábios para não misturar as coisas. (Jr 23.28)

56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens, sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)

57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)

58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)

59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com que se tornem “estrelas” do evangelho ou mesmo “produtos” a serem utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem seus templos com “atrações” curiosas, como “a menor pregadora do mundo”, etc... (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)

60 – Que as “Marchas para Jesus” sejam realmente para Jesus, e não para promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos evangélicos. (1 Co 10.31)

61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação. Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais “cristãos”. (At 4.12; Jo 3.8)

62 – Que as livrarias ditas “cristãs” sejam realmente cristãs e não ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)

63 – Cremos que “declarações mágicas” como “O Brasil é do Senhor Jesus” e outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg 2.15-16)

64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como “unção dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)

65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já possui a unção que vem de Deus, não necessitando de “novas unções”. (1 Jo 2.20,27)

66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de puro entretenimento “gospel”, com a presença de animadores de auditório e pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho de Cristo. (Rm 12.1-2)

67 – É necessário uma leitura equilibrada do livro de Cantares de Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct 1.1)

68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos “preferidos” de Deus. Muitas igrejas têm feito do shophar “O” instrumento, dizendo que é ordem de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra. Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os instrumentos musicais. (Sl 150)

69 – Rejeitamos a idéia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo “Israel” para abençoar todos os povos. Essa idéia surge de mentes centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu grande amor incondicional. (Jo 3.16)

70 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como “água do rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb 11.1)

71 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)

72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm 12.1-2; 1 Co 14.15)

73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo Testamento, como levitas, gaditas, etc... Tudo se fez novo em Cristo Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. (1 Pe 2.9)

74 – Que então os ministros e dirigentes de música sejam simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma “classe superior” de “levitas”, até porque os mesmos já não existem entre nós. (Rm 12.3-5)

75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento”. (1 Co 14.15)

76 – Não consideramos que “há poder em nossas palavras” como querem os adeptos dessa teologia da “confissão positiva”. Deus não está sujeito ao que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)

77 – Rejeitamos a onda de “atos proféticos” que, sem base e autoridade nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas envolvidas. (Mt 7.22-23)

78 - Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o seu noivo, não consiste em “restaurar a adoração” ou apresentar a Deus uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra — deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos revestindo no novo (Tg 1.27)

79 – Discordamos dos “restauradores das coisas perdidas” por não perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está “restaurando a adoração”, “restaurando o ministério profético”, etc... é desprezar o sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)

80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases nos “milagres” e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)

81 – Deus não nos chamou para sermos “leões que rugem”, mas fomos considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc 10.3; Rm 8.36)

82 – Entendemos como abusivas as cobranças de “cachês” para “testemunhos”. Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça, deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho. (Mt 10.8)

83 – Que movimentos como “dança profética”, “louvor profético” e outros “moveres proféticos” sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome do Senhor. (2 Tm 4.3-4)

84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, sejam o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)

85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)

86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta, reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de forma visível e encarnada. “Pois tive fome... e me destes de comer...” (Mt 25.31-46; Tg 2.14-18)

87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)

88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a “máfia” das rádios evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras, alienam o nosso povo através da massificação dos “louvores” comerciais, e não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e, principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)

89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a “máfia” das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da Palavra ao invés do espetáculo “gospel” a fim de terem igrejas “lotadas” para ouvirem as “atrações” da fé. (1 Pe 5.2)

90 – Que sejamos livres para “examinarmos tudo e retermos o que é bom”. (1 Ts 5.21)

91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)

92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)

93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)

94 – Somente Cristo. (At 17.28)

95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)

 


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